Oportunidade

A oportunidade é inteiramente aleatória. Nunca é igual, mas passa à frente de todos, nas formas mais diversas. A questão é identificá-la e saber ou ter ânimo,  para aproveitá-la.

É certo que nem todos nascem ricos, ou  tiveram  a oportunidade de galgar, facilmente, um  espaço na política, como filhos ou parentes de políticos, por exemplo. Bom, nem todo o mundo gostaria de abraçar tal carreira.

O que deveria ser questionado, não é  se a pessoa  teve oportunidade. É  se  teve ânimo ou capacidade. E capacidade não significam as oportunidades de estudo que teve e sim, a disposição  intrínseca de fazer algo. Pessoas, bastante qualificadas, nem sempre conseguem levar uma intenção até o fim.

Aquela estagiária que  chama um mendigo para ir a um centro de atenção, onde poderia se   higienizar e alimentar, com possibilidade de aprender um ofício, ou desenvolver algum talento adormecido,  estaria oferecendo um  impulso inicial. Ele conseguiria,  quem sabe,  ir em frente, até crescer;  mas falta ânimo.

Temos que acabar com o velho cacoete esquerdista de viver comparando desigualdades. Somos desiguais porque Deus, ou a natureza, como preferirem,  nos fez assim. O discurso tem que mudar. Voltar àquele que aprendemos na primeira comunhão. Todos são filhos de Deus e temos que ajudar os que estão em condições piores,  que  nós. Os que têm menos. Ensinar o colega com dificuldades no estudo, dar a mão a quem está perdido, desanimado. Desprendimento puro. Quem quer estar bem consigo mesmo, conseguir um mundo com menos desigualdades, deveria  fazer a  sua parte. Doar de si.

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