Máscara 2

Um casal encostado num muro às quatro da tarde, com os olhos vidrados de drogas. A mulher com barriga em final de gravidez. Comentei, numa roda de amigos, achar um absurdo que providências não sejam tomadas para evitar esse tipo de situação. Nossa Constituição reconhece a vida na concepção e reza que todos temos direito a meio ambiente saudável, coisa que aquele feto decididamente não tinha.
Alguém, do grupo, imediatamente argumentou que eu achava que essas mães drogadas deveriam ser encaminhadas à câmara de gás. Fiquei pasma. Quem achou que eu poderia pensar desta forma, na realidade ele próprio, pensou nessa solução. Deixou cair a máscara, numa tentativa frustrada de leitura de mente. Sempre que alguém diz que o outro acha, na realidade é ele próprio quem acha.
A ideia é que fosse aprovada lei, que permitisse a detenção periódica de usuárias de droga, para aplicar anticoncepcional de longa duração. Anticoncepcional, coisa que mulheres de classe média e instruídas, já usam há mais de cinquenta anos. Não seria, de forma alguma, usar essa parcela infeliz da população para experimentos. Apenas evitar que nasçam crianças com cérebro alterado pela droga.

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