Prioridades

Segundo divulgado na imprensa, os primeiros a receberem a vacina contra o COVID, no Espírito Santo, serão os profissionais de saúde e pacientes de risco. Isso não se discute.
Agora: Fazem parte do grupo de risco pessoas com 75 anos ou mais, população indígena e povos tradicionais ribeirinhos.
Indígenas? Pode até ser, apesar de haver índio que vai a baile funk.
Cada vez identificam mais minorias. Agora, ribeirinhos. Segundo pesquisa, são povos que residem nas proximidades dos rios e têm a pesca, pequenos roçados ou atividades extrativistas, como principal meio  de sobrevivência. O povo da roça.
Estas populações vivem em locais de pouca aglomeração humana, menos chance de contágio. Vêm há muitas decadas sendo tratadas contra endemias rurais e numa comparação divulgada, até na imprensa internacional, povos que foram submetidos a este tipo de tratamento têm demonstrado mais resistência ao vírus, que o comum das pessoas. Estes são, em geral, pessoas magras, muito trabalho braçal, provavelmente com poucos problemas de hipertensão e diabetes. Fariam jus a prioridade em medidas de cunho social, como bolsa família, nunca em vacinação generalizada.
Tantas prioridades, quando vai ser a vez do comum dos mortais? Ah, o STF quer incluir os seus funcionarios. E vai conseguir. Vivemos em uma ditadura judiciária.
A única minoria nunca beneficiada, em coisa alguma, é a minoria empreendedora. Quando vai ter vacina para aquele que tem negócio próprio, dá empregos e gera impostos, para sustentar esta máquina toda? Nunca, porque empreendedor não faz barulho, não tem tempo, tem que trabalhar. Muitos jovens enfartam, pelo peso de cobranças e responsabilidades.

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