Poderes

(Com a colaboração de Sylvia Chermont)

No Brasil é sagrada a independência dos três poderes e assim deve ser.
Certo é, que os  juízes devem ser pessoas versadas em minúcias das leis e da Constituição, os parlamentares com sensibilidade política , afinidades com ideologias diversas e os ministros com conhecimentos adequados sobre suas áreas de atuação.
Isso não deveria, porém, tornar-los semideuses, com poder para dilapidar o erário, em benefício próprio ou exercer suas funções sem prestação de contas, além de a seus pares, igualmente comprometidos.
Qual seria a solução? Poderíamos criar nos níveis estadual e federal,  uma comissão de cidadãos para fiscalizar,  aprovar os regimentos e orçamentos dos três poderes e dar a última palavra em julgamentos de autoridades com foro privilegiado . Essa comissão poderia ser obtida por sorteio, ao modelo da democracia ateniense, sorteando-se o numero do título de eleitor, de quem estivesse com as obrigações em dia. O sorteio seria feito por um computador, utilizando uma lógica baseada, por exemplo, na aleatoriedade das  ondas magnéticas que atingem a terra.
O indivíduo sorteado, se aceitasse,  teria um mandato de 1 ano, não renovável. Se não aceitasse ou desistisse,  o computador sortearia novo título.
O número de cidadãos para compor cada comissão, a federal ou dos estados, seria o adequado. Mínimo de 19, máximo de 49. Cada membro teria  ajuda de custo  de dez  salários mínimos, sem maior ganho que a honra em participar. O processo seria executado pelo judiciário e o sorteio teria fiscalização dos demais poderes e entidades civis que se inscrevessem.

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