Weintraub
As ofensas ao Supremo, pelo Ministro Wintraub, foram proferidas em ambiente privado. Se o Supremo precisou da gravação, para comprovar defesa do ex ministro Moro, poderia fazer uso apenas da parte relativa ao que foi dito, envolvendo apenas este ministro, até divulgando o trecho, por transparência.
Por pior que fossem as injúrias proferidas, elas jamais deveriam ter sido divulgadas. Só para comparar, imaginem se numa gravação, autorizada, para identificar repasses indevidos de dinheiro, como as da Lava-a-Jato, fosse divulgado um trecho de gravação, que insinuasse um adultério?
O Supremo não estava vilipendiado. Ele próprio se vilipendiou, quando, indevidamente, expôs a gravação.
A ética, a decência, a honradez, a probidade, a seriedade, a retidão, o decoro e a dignidade, tudo indicariam o caminho oposto ao usado pelo Supremo, mostrando que o Ministro Weintraub não deixava de ter razão. Seus impropérios foram adequados.
A nossa Constituição preza a liberdade de opinião. A reunião era privada e em conversas privadas pode-se falar tudo, inclusive xingar o Supremo. O divulgar é que foi totalmente indevido. E se proferir em privado fosse errado, quem divulgasse seria tão responsável quanto, todo usuário de WhatsApp sabe disso. O Supremo jamais poderia ter repassado, ou divulgado, mensagem difamatória ao órgão máximo do Judiciário do país. Tornou-se cúmplice.
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Por pior que fossem as injúrias proferidas, elas jamais deveriam ter sido divulgadas. Só para comparar, imaginem se numa gravação, autorizada, para identificar repasses indevidos de dinheiro, como as da Lava-a-Jato, fosse divulgado um trecho de gravação, que insinuasse um adultério?
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