Voto secreto

Essa briga dos tribunais supremos, aliados a parlamentares, contra o voto impresso e auditável, lembra outra de quase 100 anos atrás. Essa, também, ainda com resíduos de pandemia no ar, a gripe espanhola. Lembra a briga pelo voto secreto, para as eleições presidenciais de 1930, que culminou na revolução de 30, que colocou Getúlio Vargas no poder.
Na época, o numero de eleitores era reduzido. Muitos não se interessavam, mulher não votava e analfabeto era proibido de votar. Sobravam o funcionário público e pessoas que direta, ou indiretamente dependiam de bom relacionamento com o governo.
Com o voto aberto, em lista de votação, a maioria votava nos governistas para não perder o emprego, ou vantagens, revezando-se no poder representantes dos os cafeicultores, de São Paulo e produtores de leite, de Minas Gerais. Era a república café com leite, que desagradava o restante do país e também parte destes estados, que queria gestão mais moderna, com foco no desenvolvimento da indústria.
Voltando ao tempo atual vemos toda essa guerra contra o voto auditável, utilizando urnas de última geração, objeto da Proposta de Emenda à Constituição nº 135/2019. Comissão de deputados votou contra, certamente muitos ali foram intimidados. Esperamos que  a emenda vá a plenário.
Essa comissão não nos representa. Não representa o Brasil. Somando a votação de cada deputado dos que votaram contra a emenda, quase não alcança a votação de um único, dos que votaram a favor, vejam no quadro abaixo.

E parece que a História anda em círculos. Pandemia, briga por processo eleitoral ...

 

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