Riscos

No início dos anos 2000 fomos a Santa Maria de Jetibá, cidade serrana, aqui no interior do Espírito Santo. Éramos minha filha, meu companheiro  e eu. Na volta a estrada, com descida quase vertical e em espiral, escureceu, clareada apenas por alguns relâmpagos. Vínhamos apreensivos. Local totalmente desabitado, até onde conseguíamos enxergar. Uma lourinha minúscula, magrinha, no máximo sete anos, vinha descendo, em uma bicicleta de adulto, em pé, porque que não conseguia sentar no selim.
Ficamos preocupados. Não se via habitação, ou gente nas vizinhanças, que pudesse ser a família. Quanto risco! Podia ser atingida por uma descarga elétrica, se pusesse um pé no chão. Podia despencar encosta abaixo, na velocidade em que estava, em descida.
Poderia também ser sequestrada, por gente de algum dos poucos carros que trafegavam. Possibilidade dobrada. Na época havia sequestro de crianças brancas para venderem para adoção, na Europa. Quando a criança  já tinha idade para entender, eles a desacordavam e ao acordar estava com outras roupas, diziam que tinha acontecido uma tragédia, seus pais e irmãos morreram e o juiz a deu em adoção para uma família, que iria cuidar bem dela. Tinha havido matéria em jornal. Ou, pior ainda, ser sequestrada por um pedófilo.
Poderia também ter voltado integra, para sua casa, escondida na vegetação, provavelmente o que aconteceu.

 

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