Resposta
Miguel Proença foi demitido da Funarte. Uma pena. Quase certo, que por ter defendido a Fernanda Montenegro. Ele, certamente, não defendeu por ser esquerdista e sim por respeito à idade e trabalho dela.
Miguel Proença era de Quaraí, RS. Tinha os olhos verde-azulados, diz uma lenda, toda especial, por causa da minha mãe que os tinha da mesma cor. Diziam que se a mãe, grávida, fitasse bem os olhos de alguém, poderia captar a cor para seu bebê. Minha mãe era adolescente, na época e a mãe dele teria fitado os olhos dela, com esta intencional brincadeira.
Também, segundo minha mãe, quando bem pequeno, ele acompanhava aulas de piano das irmãs, na própria casa. Naquela época, moça prendada aprendia piano. Ele se metia e tocava de ouvido, mais que as irmãs. Aos poucos a professora foi transferindo as aulas para ele, que demonstrou talento notável. Quando maiorzinho, ela teria dito que chegou ao limite e que ele deveria ir para a cidade vizinha, Artigas, no Uruguai, estudar no Conservatório. O pai deixou, ao que soube, meio a contragosto. Esse negócio de música deixava o homem muito boêmio.
Já adiantado, encerrando o Conservatório, disseram que ele deveria continuar em Montevideo ou Porto Alegre. O pai exigiu que ele fizesse uma faculdade. Um curso para valer. Fez Odontologia.
Consta que, na formatura, teria entregue o diploma para o pai, dizendo: Este é seu. Agora vou me dedicar ao piano. E fez isso. Tocou muitos anos na Europa, em salões consagrados.
Em entrevista na TV, aqui no Brasil, perguntaram se valeu a pena. Respondeu: Bom, eu tenho o padrão de vida de um dentista bem sucedido.
Num programa de debates, da TV Educativa, uma debatedora, comunista assumida, perguntou: Miguel, você com todo o seu talento, o que acha dessas menininhas de classe média, que as mães fazem estudar piano? Deve achar um horror. Resposta arrasadora: De cada cem menininhas que a mãe faz estudar piano, sai um talento e noventa e nove senhoras com gosto musical apurado que irão constituir nossa plateia. É desse público que a gente vive.
Miguel Proença era de Quaraí, RS. Tinha os olhos verde-azulados, diz uma lenda, toda especial, por causa da minha mãe que os tinha da mesma cor. Diziam que se a mãe, grávida, fitasse bem os olhos de alguém, poderia captar a cor para seu bebê. Minha mãe era adolescente, na época e a mãe dele teria fitado os olhos dela, com esta intencional brincadeira.
Também, segundo minha mãe, quando bem pequeno, ele acompanhava aulas de piano das irmãs, na própria casa. Naquela época, moça prendada aprendia piano. Ele se metia e tocava de ouvido, mais que as irmãs. Aos poucos a professora foi transferindo as aulas para ele, que demonstrou talento notável. Quando maiorzinho, ela teria dito que chegou ao limite e que ele deveria ir para a cidade vizinha, Artigas, no Uruguai, estudar no Conservatório. O pai deixou, ao que soube, meio a contragosto. Esse negócio de música deixava o homem muito boêmio.
Já adiantado, encerrando o Conservatório, disseram que ele deveria continuar em Montevideo ou Porto Alegre. O pai exigiu que ele fizesse uma faculdade. Um curso para valer. Fez Odontologia.
Consta que, na formatura, teria entregue o diploma para o pai, dizendo: Este é seu. Agora vou me dedicar ao piano. E fez isso. Tocou muitos anos na Europa, em salões consagrados.
Em entrevista na TV, aqui no Brasil, perguntaram se valeu a pena. Respondeu: Bom, eu tenho o padrão de vida de um dentista bem sucedido.
Num programa de debates, da TV Educativa, uma debatedora, comunista assumida, perguntou: Miguel, você com todo o seu talento, o que acha dessas menininhas de classe média, que as mães fazem estudar piano? Deve achar um horror. Resposta arrasadora: De cada cem menininhas que a mãe faz estudar piano, sai um talento e noventa e nove senhoras com gosto musical apurado que irão constituir nossa plateia. É desse público que a gente vive.
Recebi informações de que o Miguel Proença não tinha irmãs, apenas irmãos e que ele começou a aprender com os treinos de irmão mais velho. Quem me informou fez confusão. Agora as duas respostas dadas por ele foram assistidas por mim. A das meninas que aprendiam piano foi no programa Sem Censura, acho que em 1989. A outra, sobre a profissão em entrevista, já nos anos 2000.
ResponderExcluirComo não houve comentário, tomei a iniciativa.