Um ano sem Irene

Um ano do falecimento da minha irmã Irene. Minha companheira da juventude. Íamos juntas a todas as festas. Fosse baile, boate, casamento, ou aniversário de alguém. Ela ia às festas da Engenharia e eu ia às da Medicina. Ela sempre ajeitando minha roupa, meu cabelo, minha maquiagem, ou minha forma de pisar, com saltos.
Íamos a muitos casamentos, representando os nossos pais. Casava filho, ou filha de amigo, o pai “pedia” que fôssemos. O pedia era de uma forma bem determinada.
Isso, até o casamento dela, que me tornou tia, função que eu adorava.
Foi, junto com a Oscarina, minha instrutora nos assuntos da vida. A Oscarina era filha de um casal amigo. O pai era quem tratava dos animais da nossa casa, que incluía um jacaré e a mãe era quem ficava conosco, quando minha mãe adoecia. Não tínhamos parentes para ajudar. Levava a filha, juntávamos as camas e ela dormia conosco. Era um pouco mais velha, também que a Irene e nossa instrutora. Para mim, nem tudo, minha irmã fazia uma triagem e não deixava a amiga contar muitos detalhes.
A Irene foi cúmplice, de meus pais, na questão de Papai Noel e Coelhinho da Páscoa. Eu já com sete anos, menina grandona e longamente alfabetizada, acreditava nessas entidades. Ela confirmava tudo. Eu pagava esse mico. As meninas no colégio diziam que ele não existia, mas eu acreditava mais no meu pai, que garantia a existência. Minha mãe e minha irmã confirmavam.
Foi também minha protetora, não contando, em casa, as reclamações que as irmãs do colégio faziam a meu respeito.
Agora, não a vejo mais. Como disse minha sobrinha, filha dela, é como se estivesse viajando.

 

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Comentários

  1. Oi Marília, como passa rápido .
    Muito interessante suas histórias com Irene , aliás deve ter muito mais coisas !
    Saudades eternas ! Bjs
    Marilza

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    Respostas
    1. Muito bom recordar os momentos vividos entre familiares!

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    2. Gostei muito dos comentários, da Marilza, minha colega por muitos anos, na Prefeitura de Vitória e da Georgete, minha cunhada.

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  2. Oi prima, inacreditável que já fez um ano do falecimento dela, sei bem o que deves ter sentido . Nem em sonho eu pensava que ia perder o meu irmão, até pq éramos parceiros das brincadeiras pois tínhamos só dois anos de diferença.Mas ficam as boas lembranças e temos seguir a nossa vida um bjo carinhoso para vcs.

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