Culpa

A humanidade tem várias divisões. Faixa de renda, idade, sexo, raça e muitas mais. Há uma, especial, com uso intenso no Brasil: Aquele que é automaticamente o vilão nas relações e aquele que é o herói ou o coitadinho.
Empresários bem sucedidos, profissionais com uma profissão desejada, são sempre  vilões. Trabalhadores subalternos são  heróis, ou coitadinhos.
Quando uma carreta é causadora de acidente,  ninguém culpa o motorista que faz peripécias indevidas na estrada. É tratado como se fosse menor de idade, indefeso. A culpa é terceirizada. É do patrão, muitas vezes um empresário lutando no vermelho, da concorrência que baixa o valor do frete, da estrada, seja lá de quem for. Ninguém culpa ou quer a cabeça do caminhoneiro causador.
Quando, por exemplo, um médico atropela alguém, ninguém quer saber que  ele trabalha em três empregos, a dezenas de quilômetros um do outro, o plantão estava superlotado, houve tiroteio e  ele acabou de realizar um procedimento estafante. É culpado e pronto.
Somos todos iguais. Temos que ser iguais em direitos e também iguais em obrigações.

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