Elevador

Estamos tendo problemas com os elevadores aqui do prédio. Com aquela chuvarada grande, há quase um mês, um deles parou, o outro ficou funcionando precariamente e sempre aquela noticia: a peça está em falta no mercado.
Disseram que o alçapão que leva à caixa d’água ficou mal fechado, a água entrou, inundou os corredores do alto, caindo no poço, atingindo fiação e comandos dos elevadores e que levaram seus desarranjos à placa–mãe, na casa de máquinas.
Fiquei horrorizada, quando vi o acesso à caixa d’água, por onde dizem ter entrado a água da chuva. Primeiro uma escada de marinheiro já perigosa. Subi o suficiente para olhar o espaço e conseguir enxergar a escada altíssima, de acesso ao alçapão, sem proteção alguma, como manda a lei. No momento estava bem fechado.
Eu não teria coragem de mandar um trabalhador subir ali. Só mesmo marinheiro, de filme da época dos descobrimentos. O prédio foi aprovado, antes da norma técnica.
Tivemos uma reunião prévia da síndica, conselho e moradores, com o dono da empresa de manutenção. De início perguntei qual o título dele, hoje é obrigatório engenheiro mecânico responsável e ele e disse que tem o responsável engenheiro mecânico, mas quem lida com a parte prática é o próprio, eletrotécnico com 25 anos de Schindler. Ele nos explicou o funcionamento do elevador e a forma como o problema deve ter ocorrido.
A questão maior é que elevador, de 25 anos, hoje em dia é velho, já saiu do mercado. Ninguém quer fabricar suas peças de reposição. A indústria apenas dá nome, importa tudo, a maioria de um único fabricante mundial. Foi feita a troca da placa de comando danificada, pelo modelo usado atualmente e os botões do elevador não “conversam” com a placa nova, tiveram que correr atrás de quem ainda dispõe do modelo antigo. Tudo isso com o elevador parado.
Além de obras no acesso à caixa d’água, facilitando inspecionar sua vedação, vamos ter que investir na mudança total dos comandos, cabos e acessórios, como painel de botões. Isso o mínimo. As cabines são aceitas, mas também estão em desacordo com a legislação atual.
Saudade dos velhos elevadores analógicos, que davam defeito poucas vezes por ano e consertavam na mesma manhã, ou mesma tarde. Peças se achavam com facilidade e poderiam ser improvisadas, sem perigo. Além dos freios que eram eletromagnéticos, com ação imediata. Em falta de energia, os atuais recebem comandos sucessivos. Este detalhe também explicado pelo “Sr. Schindler”.

 

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