Erro de português

Uma afilhada minha, formada em pedagogia, por cotas, me enviou um bilhete  cheio de erros básicos de redação. Tive que ligar para ela para que me explicasse. Como pedagoga ela, provavelmente, tem que escrever diretrizes, para serem aplicadas nos colégios. Deveria saber escrever, também, em português formal. Redação deveria, sim, ser cobrada nas escolas. Escrever em “português correto”.
Ah, é tudo a mesma coisa, o que importa é a igualdade! Um que fala errado é igual ao que acha que fala certo! Existiria o certo? Quem diz o que é o certo? Certo é o que o povo diz nas ruas. Verdade, para falar nas ruas pode ser de qualquer jeito, desde que quem está ao lado entenda.
Todos têm que saber o que é linguagem coloquial e o que é linguagem formal. Neste blog uso linguagem coloquial, “me enviou” se fosse formal seria “enviou-me”. Mas, mesmo a linguagem coloquial tem que dar ideia exata, do que se está dizendo.
Existe, sim, o português correto, o português correto instituído no Brasil e para quem não sabe, o guardião é a Academia Brasileira de Letras.
A língua portuguesa tem regras, tem gramática, concordância, tem pontuação. Um texto redigido aqui em Vitória tem que ser entendido de norte a sul do país e de leste a oeste. Entendido, também, em outros países de língua portuguesa, especialmente por intelectuais e profissionais de cartório.
A pontuação pode alterar, até inverter o sentido, daquilo que se diz. Um bom exemplo, já usei aqui no Blog, em outro enfoque.
A frase: “Deus disse o diabo é bom eu é que não presto”, pode ser entendida de formas opostas, conforme a pontuação.
“Deus disse: o diabo é bom, eu é que não presto.”
“Deus, disse o diabo, é bom. Eu é que não presto.”

 

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