Cavalheirismo
O brasileiro é cavalheiro. Sempre fui acostumada e até mal acostuma da com isso. Para mim sempre foi tão natural! Me dei muita conta em viagem a Istambul, passeando com minha cunhada*. Pegando um metrô na segunda estação, logo a seguir entrou um senhor de meia idade, muito obeso, com dois meninos com idades aparentando 12 a 15 anos, uma mulher, com um bebê no colo e uma menina pequena, agarrada às pernas dela.
O homem e os garotos logo ocuparam lugar em um branco atravessado, em frente a mim. A mulher era a cara dos meninos, deveria ser mãe. Mesmo se ela fosse a empregada, ainda mais com bebê no colo e outra criança pela mão deveria ter ficado com o lugar. Pelo menos, o pai deveria ter feito os filhos cederem o lugar.
Em estação mais à frente desceram alguns e o gordão gritou para a mulher, apontando lugar na outra ponta do vagão e ela foi silenciosamente com o bebê no colo e a menina pela mão, que depois acomodou entre as pernas. Os jovens mancebos, nem aí
No Brasil até pobre bem pobre é cavalheiro. Operários humildes, que não teriam arriscado uma cantada em mim, quando eu era jovem, sempre me cederam lugar, em ônibus, ou em metrô.
Já tive experiência com lugar cedido por mendigo que portava um pacote de facas afiadíssimas que deixou no meu colo. Objeto de post neste blog.**
*O blog usa linguagem coloquial
**https://opiniaodamarilia.blogspot.com/2023/04/facas.html
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