Psiquiatria
Hoje estou feliz. Felicidade artificial. Minha filha não suicidou. Além disso, nada mais. Nem uma realização, nem uma conquista. Não sei sequer se zerou o passivo. Está ganhando peso a olhos vistos. Não que considere isso importante. É pela auto estima dela. Ela não aceita conversar comigo e eu já tenho resistência em conversar com ela. Nunca em toda a vida teve tendência a comer compulsivamente, como está fazendo na atualidade. Morro de medo dela ficar sem o psiquiatra, que receita os remédios e passe a usar drogas. Era uma menina inteligente, artista nata, com alguns lapsos de atenção. Seus cadernos eram caprichados, lindos. Guardo como um tesouro. Hoje, para aceitar penso: Pelo menos não suicidou. Pelo menos não é esquizofrênica. Ou uma assassina. Como a psiquiatria é atrasada, meu Deus! A pessoa é tratada durante anos e continua sem qualidade de vida. Joga a vida fora e a psiquiatria é cúmplice. O que uma mãe pode fazer? Não agüento mais conversar a respeito com terceiros. Todos vê