Opinião da Marília

Por que apenas médicos e engenheiros têm que sofrer as conseqüências dos erros profissionais? Juízes deveriam deixar de alegar interpretação e pagar civil e criminalmente pelas conseqüências de seus atos. Se condena um inocente, não foi competente para avaliar em profundidade as investigações feitas ou para escolher a composição do júri. Se manda soltar um delinqüente, preso em flagrante, deveria ser co-responsável por crimes que o mesmo viesse a cometer. Advogado que usa de má estratégia ou perde data de processo, deveria ser obrigado a indenizar o cliente. Jornalista que erra na notícia, professor que ensina errado, analista de sistemas que deixa passar vírus e todos os outros profissionais, também deveriam sofrer conseqüências civis e criminais pelos seus atos.

Quando se estipula a proporção de negros, para efeito de estabelecer a composição étnica da população, visando avaliar presença de cada segmento racial em empregos, cargos públicos ou faculdades e daí determinar a quantidade de cotas, incluem todos os que aparentam ter alguma miscigenação. O mesmo grau de miscigenação deve valer para o pretendente fazer uso do sistema de cotas.

Deveriam investigar, em profundidade o MST. Investigar primeiro os arquivos de cadastro. Cada participante , a quanto tempo, qual a experiência com atividades agrícolas, qual o vínculo anterior com a terra. Confirmar as informações. Fazer interrogatório individual de inscritos no movimento. Participou de quantas manifestações? Essas manifestações eram estritamente ligadas à posse de terra? Era obrigado a comparecer? Havia chamada? Recebia pagamento ou alimentação? Havia punição ou perda de lugar na lista, caso não comparecesse? Tinha que fornecer informações do título eleitoral e locais de votação? Como eram distribuídas cestas básicas ou outros recursos enviados pelo governo? Comprovado o uso como massa de manobra, equiparar a trabalho escravo e colocar toda a liderança na cadeia.

A criminalidade de rua está tomando conta de todos os espaços, aumentando dia a dia. Os órgãos de segurança não dão conta, por mais que aparelhem as polícias. Muitos dizem que é motivada pela desigualdade social e falta de escolas. No período anterior ao regime militar, a desigualdade era muito maior que hoje. Pobre era esquálido, por pouco ter para comer. A criminalidade, ao contrário era menor. Como não havia obrigatoriedade e as escolas reprovavam, o nível de escolaridade também era muito menor. Mais desigualdade, menos escolas, por que então a criminalidade era menor? Pura matemática. Porque preso em flagrante respondia preso. Não era solto em audiências de custódia. E nada de saidinhas. Mais reclusos, mais presídios, mais empregos na construção, manutenção e comércio de materiais, menos assaltos, menos gastos, menos comércio arrombado, menos celular roubado, menos câmaras, menos grades, menos viaturas, menos postos policiais, menos mão de obra aqui fora, para o crime

Racismo, na prática, é todo e qualquer confronto, por todo e qualquer motivo, onde uma das partes seja negra,  acentuadamente parda, ou indígena. Homofobia, na prática, passará a ser todo e qualquer confronto, também por todo e qualquer motivo, onde uma das partes pertença ao grupo LGBT.

O importante é a briga de Bebiano x família Bolsonaro ou o destino dos 400 000? O assunto Carlos B já morreu. O assunto da vez deveria voltar a ser os 400 mil. A imprensa pode investigar paralelamente, encontrar provas de conluio do Presidente com o ex ministro, para repartirem os 400 e desmoralizar de fato o Presidente. Agora apenas martelar o desentendimento? Depois tem o desplante de condenar “fake news” ? Pergunta: Onde vamos encontrar notícia que preste? Na mídia formal não é.

Até algum tempo atrás, assaltos ocorriam em “bairro de rico”. Rico era a classe média, porque rico mesmo costuma ter seguranças e não é fácil. Pobre só levava o vale transporte ou trocados para a passagem. O celular fez mudar o perfil. Estão assaltando trabalhadores, a caminho do ônibus, ao amanhecer, ou tarde da noite, quando voltam dos estudos. Tudo para pegarem o celular, às vezes com dez prestações a serem pagas. Em algumas ocasiões, com morte.

Sua eleição ocorreu de graça, ou praticamente. Foi eleito, porque era a carta do momento. Deve ter havido laranjada, não para ele. O Presidente não foi o único candidato do partido. Neste país e em todos os outros do mundo, um presidente não pode se candidatar sozinho, apenas com o nome. Tem que pertencer a um partido, precisa de um Congresso e também de um Judiciário, pior ainda, suspeito de corrupção, como o nosso. Ele tem apenas 45 dias de governo. Quando tiver metade do período, talvez sobre apenas 10 ou 20% de aprovação. Fez o principal, derrubou o monstro que estava encastelado. Quem vai resolver o Brasil, isso só se não houver retrocesso à esquerda, vai ser outro, não ele. Já fez o papel para o qual foi votado. Derrubou, pelo menos por hora, o PT. Só por isso merece um bom lugar na História. Ainda vem coisa, podem crer. Muita mudança vai haver. Mais ministros serão demitidos, mudança nas alianças no Congresso, até intrigas familiares podem ocorrer. Vai aparecer ex-emprega

O Ministro Ricardo Sales, do Meio Ambiente, disse uma frase simples. "Por que discutir Chico Mendes agora?". E não se limitou a opinião pessoal. Citou os diretamente envolvidos. Tantos os militantes esquerdistas apadrinhados por ONGs internacionais, como os fazendeiros, por ele prejudicados. O Chico Mendes invadia fazendas que trabalhavam dentro da legalidade, sempre colocando idosos, mulheres e crianças na linha de frente. Chegou a ser preso por matar um capataz. Foi reverenciado pela ONU, certamente pressionada pelas tais ONGs internacionais, às quais ele servia, interessadas na Amazônia. Sua família foi indenizada regiamente pelo Lula. O Ministro não destratou o Chico Mendes. Apenas o enxergou sob um prisma diferente do endeusamento obrigatório. Disse que não queria discuti-lo naquele momento. Sobre o fato a imprensa formal, como sempre faz, divulgou verdades. A parte da verdade que a ela interessa.

Por que as milícias prosperam? Pela falta de ação do poder público, que privilegia o lado errado, nos conflitos, talvez temeroso de questionarem sua própria face escusa. O morador de rua, que urina na porta da loja, é priorizado no trato, pelo poder público, em relação ao comerciante que paga os impostos. Se a lei não permite o seu recolhimento compulsório, deveria ser usado o limite da lei a favor do contribuinte, ou os numerosos prepostos, em cargos de ação social, deveriam encaminhar projetos de lei que mudassem o panorama em vigor. Na falta de ação do poder público, quem quer sobreviver, pode acabar recorrendo a milícias.

O aplicativo WhatsApp reduziu o número de repasses, para evitar a reprodução de notícias falsas. Foi injustamente acusado de ter ajudado a eleição do Bolsonaro, quando era visível pelas bandeiras, que ele era o preferido em toda parte. As notícias falsas não o ajudaram. As pessoas iam confirmá-las na mídia tradicional. Venceu porque o povo quis e pronto. Até recentemente a TV foi toda poderosa. Distorcia os fatos à vontade e continua distorcendo. Mentira? Nunca, ou raramente, e neste caso se desculpa. Estatística? Não mostra a correlativa. Agora, manipulava e continua manipulando a verdade. Escolhe das verdades, o ângulo que quer mostrar e mostra se quiser. Raramente toca no assunto da tentativa de assassinato do presidente, enquanto candidato. Não questiona sobre prováveis mandantes. Em qualquer lugar do mundo este fato estaria dividindo espaço com as tragédias recentes.

O maior e dos poucos erros do Regime Militar, foi a falta do início de um controle eficiente de natalidade. Seus economistas ficavam também pendurados na decantada máxima de que seriam necessários vários contribuintes para pagarem uma aposentadoria. O Regime Militar poderia calar quem fosse contra e vinte anos dariam para mudar a cultura. Quando a China acabou com a política do filho único, de Mao, ninguém lá teve filharada. O mundo já não suporta a população atual. Não são necessários profundos estudos científicos para determinarem se os problemas que temos são excesso populacional, prenúncio de explosão solar ou nova glaciação. Dá para se ver que não dá mais. O Brasil não pode ter a população da Índia e o Canadá não pode ter a do Brasil. Quem cresceu a população cresceu. Agora tem que parar, até regredir . A classe média tem um ou dois filhos, falta a periferia imitar também neste aspecto. Aí seria necessária interferência do poder público.

Por que os governos do PT, em vez de emprestar bilhões para governos que não se aguentam em pé, não usaram esse dinheiro para desapropriações e assentamentos de sem terras? Primeiro porque sabiam que quem está no MST, não quer coisa alguma com terra. Nem sabem o que é isso, vivem de cestas básicas. Também porque os militantes iriam tocar a vida, sem participar mais de manifestações. Deixariam de ser massa de manobra do partido. Com o PT, nunca veriam nada de terra, a não ser os tais sete palmos, quando chegassem aos finalmentes. E o Papa recebendo o Stedile !