Conselho

Fui parada uma vez pela polícia civil. Estávamos quatro coroas no carro, funcionárias da Prefeitura de Vitoria, eram anos dois mil e poucos. Íamos ao enterro da mãe de um colega, no Jardim da Paz. Paramos em uma floricultura em Jardim da Penha e estávamos com pressa, porque o Secretário de Obras nos tinha atrasado.
O Secretário foi-nos apressando e segurando ao mesmo tempo. Vão, vocês não podem atrasar e cuidado com a estrada. Mas, na volta, melhor, na parte da tarde, você vem à minha sala e traz isso e aquilo e a gente decide se faz dessa, ou daquela forma, recomeçando tudo o que já tinha sido discutido. Gastamos ali mais de meia hora.
Resolvi avançar um sinal, dentro de Jardim da Penha e daí a pouco ouvimos a sirene da polícia. Nem tinha me tocado, uma das amigas é que me alertou: Marília eles estão te mandando encostar. Chegaram apontando armas e dizendo que eu estava evadindo. Disse que éramos funcionárias da Prefeitura e atrasadas para um enterro. Mostrei minha CNH e a carteira do CREA. Na época a de motorista não tinha foto.
Acho que viram que não tínhamos cara de quem estava evadindo e nos deixaram ir. Mas deram um conselho:
Recomendaram não ultrapassar sinal, porque se houvesse pedestre, podíamos atropelar e se viesse carro na outra direção poderíamos ter uma batida séria. Concordei, disse que não iria fazer mais.
A vontade era falar o óbvio: “Só passei porque não havia pedestre, nem carro na outra direção”.
Chegando no cemitério, o enterro já estava encerrado. Pelo menos, ainda deu tempo de darmos um abraço no colega.

 

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