Bancos suíços

Incrível como sempre a Europa fez o que quis, em benefício próprio e se arvora em patrulhadora do mundo, Brasil vítima favorita.
Zurique, 1982. Na primeira vez que fui a Europa fui bem atendida por uma garota suíça, quando estava, junto com minha mãe, perambulando no centro da cidade e me dei conta de que o bilhete de ida e volta, para o bonde, escrito em alemão, estava expirado. Procurei caixa automático, mas exigiam moedas e só tínhamos notas de Franco Suíço.
Pedi ajuda à jovem que, muito atenciosa, me disse que máquina que dava troco, só na Estação Central, longe dali. Tentou ver se tinha troco para comprar bilhetes novos para nós, mas não tinha. Tomou uma decisão: Foi conosco, no bonde, até o hotel para testemunhar, se surgisse algum fiscal que nós tentamos fazer a coisa certa. Do contrário seríamos presas e até provar qualquer coisa, seria muito complicado. O fato de ser estrangeira não era desculpa. Conviviam com infinidade de estrangeiros.
Chegando ao hotel, a guia uma italiana que falava bem o português, aproveitou para fazer um discurso elogioso sobre a excelência educacional dos suíços, coisa que nós sul americanos não deveríamos ser acostumados. Falou até que não aguentei:
Educação paga com dinheiro da miséria de países periféricos, uma vez que espertalhões depositam nos bancos daqui e são encobertos.
Os companheiros da excursão ficaram horrorizados, mas, aos poucos, um e outro foi concordando. Na época este assunto nunca tinha sido mundialmente abordado, pelo menos, que os ecos chegassem aqui no Brasil.
Pelo visto continua até os anos 2020

https://ipld.com.br/noticias/o-sigilo-bancario-ainda-e-o-modelo-de-negocio-dos-bancos-suicos/ 

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