Marina e o deboche
O CRM abre sindicância contra médicos que debocharam da ministra Marina Silva, após ela ter sido infectada pelo corona vírus: "Ué, não era vacinada?" “Tomara que os vírus da covid estejam bem” . O deboche ocorreu em troca de mensagens que foram vazadas de um grupo de WhatsApp, nomeado “Médicos Unidos”.
Parece ser um grupo de médicos. Eles não poderiam fazer isso em um programa dirigido ao publico em geral, como um programa de conversas.
Sempre soube que médicos podem comentar entre si o que querem, discutir casos em andamento, criticar posições, criticar medicamentos, criticar tratamentos, criticar imposições do ministério, desde que estejam falando entre si, médicos. No tom que quiserem, até deboche. O grupo de WhatsApp é extensão do bate-papo.
Deboche, mesmo sendo manifestação proscrita, é válido. Uma forma de dar opinião rápida, encurtando discussões. Pode até ser expulso do grupo, não punido aqui fora.
Qualquer um pode discutir entre os seus pares, por exemplo, se diretrizes obrigatórias estão corretas. Muitas leis são formalizadas, porque profissionais discutem. Medicamentos já aprovados podem ser proibidos porque profissionais fazem discussões, que originam pesquisa, que pode levar à proibição. A discussão precede a lei. Médicos, entre si, podem duvidar da totalidade dos medicamentos, aprovados pela ANVISA, não apenas vacinas.
O que deveria ser verificado é se o grupo é composto apenas de médicos . Se houver um não médico eles não poderiam fazer esse tipo de comentário. Deveriam investigar se algum desses médicos repassou para grupos que não sejam da categoria. Poderia haver punição para quem repassou indevidamente, não para quem postou, mesmo em tom de deboche.
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