Mensagens
Fui por muitos anos da geração das cartas, dos telegramas, depois dos faxes, estes, principalmente, em serviço.
Carta a gente escrevia e tinha paciência. O interlocutor ia ler, conforme a boa vontade e diligência dos correios. A gente escrevia e esquecia. Alguns podiam ficar ansiosos, quando o tema era bombástico, mas a maioria deixava para lá. A resposta viria, quando fosse a sua ocasião.
Houve uma fase, Regime Militar, onde havia eficiência e ainda podíamos estar pensando na carta escrita um ou dois dias antes, mas antes e depois, o mais comum era carta do mês passado. Mesmo o telegrama, chegava, quando chegava. Quem queria pressa usava um telefone, coisa difícil de obter.
Por isso mantive na cabeça. Mensagem é para ser lida quando o interlocutor se dispuser. Quando pega o aparelho e dá uma passada de olhos. Vê logo a que lhe chama mais atenção, no meio das de grupo e das de merchandizing.
Quando preciso resposta imediata, ainda é telefonema, ainda que não simpatize muito com ele. Mesmo o mais esperado, pode chegar na hora em que estamos fazendo uma fritura, no fogão.
Voltando às mensagens, há os que primeiro enviam diversos “oi”, para ver se a pessoa está ali. Demorei a entender. Deixava para lá e ia abrir outras, que me davam mais curiosidade. Até que me dei conta, que o remetente queria contato imediato. Há os que enviam repasses e ficam cobrando que leiamos na hora. Apenas para ficarem sentidos, quando informamos que é fake news.
O fato é que as novas gerações têm o seu jeito próprio, não adianta a gente tentar mudar.
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