Padrastos

Assim como as pessoas são aconselhadas a não mostrar dinheiro ou usar celulares em público, para evitarem assaltos, deveriam ser também aconselhados, os pais separados, a não levar parceiros inadequados para dentro da casa, onde vivem com filhos menores, para não lhes causar mal.
Um delegado foi demitido em 2017 por ter dito, muito propriamente, a frase: “As crianças estão pagando muito caro por este rodízio de padrastos em casa.” Disse a verdade. Não deveria ser punido. Em nossa civilização reza que a criança vem em primeiro lugar. Até nos relacionamentos, isso deveria ocorrer.
Mães já maduras, com filhos pequenos e adolescentes, namoram rapazes imberbes e pretendem que os mesmos tenham comportamento de segundo pai. Podem até serem bons na cama, mas não é para serem deixados com as crianças. Ele não está ali para ser babá. Vai acabar violentando uma criança ou espancando ao se irritar com o choro.
Como a do ladrão do celular, a culpa do rapaz que virou bandido é 100%. É inaceitável qualquer defesa de que os pais facilitaram. Se houvesse pena de morte, ele seria merecedor.
Porém, esse fato não libera os pais de cuidarem de não expor as crianças a parceiros, que não mostrem serem merecedores de total confiança.
Violência pode vir de pai biológico, ou de qualquer outra pessoa, mas a maioria dos casos que chegam aos noticiários policiais se refere ao namorado da mãe. Certamente por este motivo o tal delegado centrou no padrasto, porém o mesmo deve ser aplicado aos dois lados.
Falando em politicorretês, os pais separados só devem levar para casa pessoas em quem eles possam garantir a segurança, conforto e bem estar dos filhos. Se sabe que o namorado ou namorada teve olhares, gestos ou atitudes duvidosas em relação ao filho e não tomou atitude imediata, vira cúmplice.

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