Antigamente

Hoje há quem conteste a aceitação da palavra da mulher, em acusação de violência doméstica, ou estupro. Durante longo tempo aceitavam, unilateralmente, a palavra do homem, quando queria devolver a mulher, recém casada, porque ela não era mais virgem.
Há pouco mais de 50 anos a mulher era culpada. Engraçado. Ninguém confiava em mulher para decisões, sempre um homem tinha que tomar as decisões principais, para fechar um negócio, por exemplo. Até o código civil, em vigor, visava o interesse do homem, não apenas no interesse da família, mas também do próprio. Até 1962 a mulher casada era parcialmente incapaz, como as crianças.
Achavam que a mulher era bobinha, sugestionável, seria facilmente passada para trás. Não se confiava em mulheres, para tomar decisões. Até para criar os filhos, a mãe criava, mas o pai tinha o pátrio poder. Ele é quem sabia ver os riscos, envolvidos em cada situação.
Mas, mesmo nessa época, a mulher bem tola e incapaz virava uma messalina, aos olhos de quem estava julgando seu comportamento. Tudo era culpa da mulher, mesmo se ela fosse pouco mais que adolescente e o homem envolvido estivesse no auge da maturidade. Foi ela quem provocou, é safadinha.
Era sempre ela a culpada, até usavam a Bíblia, com exemplo de que a mulher se transformava em serpente, para seduzir o homem. Ninguém via que ela era insegura, não sabia lidar com a situação e acreditava nos argumentos dele.
Ela era jovem, idade de contestação dos valores estabelecidos, mesmo assim era a parte má da história e o homem, muitas vezes já maduro, era o indefeso, influenciável.
Um dia vai haver equilíbrio, mas aquele mundo exageradamente machista, do passado, tinha mesmo que acabar.

 

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