Reality show

Num seriado policial, de já há alguns anos, investigação de crime ocorrido em um “realitiy show”. Que confusão, os detetives ficaram doidos, todo mundo querendo aparecer, interpretar, jogando para as câmeras. É como uma peça sem roteiro, peça de terceira. Pior, há um semirroteiro que acaba desmontando qualquer naturalidade, que pudesse ocorrer.
E isso é programa de verdade. Aqui no Brasil está na programação das emissoras desde o inicio do milênio. Já me peguei assistindo, há muitos anos. Estava vendo o jornal, aguardando a hora de buscar minha filha na faculdade. Cochilei e acordei vendo o que pensei ser um filme. Parecia esses filmes de catástrofe, ou de terror, onde esta tudo bem normal, tranquilo, uma palavra aqui, outra ali, até que de repente ocorre um terremoto, ou entra um assassino atirando em todo mundo.
Não serve sequer para estudar o comportamento humano quando confinado, a não ser para um profissional da área psíquica, muito arguto, que consiga seccionar o que está vendo. Enxergar a depressão, por trás daquelas gargalhadas.
A pessoa nem assiste a uma peça de autor, com bons interpretes, nem tem uma espiada real, da vida rotineira dos outros, isso poderia até encantar alguém. Sempre se soube de gente que gostava de espiar os vizinhos. É apenas um meio termo melancólico.
No fundo, o espectador desses “Reality shows” é gente que gosta de enganar a si mesmo.

 

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