Zé povinho
Mesmo os livros de História iniciando com o Egito, aquilo que consideramos, como civilizado, começou pela Europa. Um mundo de cultura, beleza, artes. Mesmo não querendo reconhecer formalmente fica, no íntimo, uma ideia de que europeu seria melhor, mais chique, mais culto, resumindo , tudo de bom, modelo a ser imitado.
Dentro de todo o esplendor europeu, no cerne, tem a Inglaterra, historicamente, dona do mundo. Se o europeu é para ser imitado, o inglês mais ainda. Homem elegante parece um lorde, mulher elegante, uma lady.
Estando a mídia voltada a família real britânica, com o recente falecimento da Rainha, instalação de novo reinado, minissérie, na TV, sobre a família real, vem sempre à tona a vida da princesa Diana e sua eterna fuga dos paparazzi*. O mesmo, agora, com seu filho caçula, o Harry, com o livro e esposa, ainda para culminar, mestiça, coisa a que as famílias reais, europeias, não são muito acostumadas.
Esses paparazzi só sobrevivem, porque são regiamente pagos pelos jornais. Uma foto bombástica, de membro da família real, vale milhões. Pagos pelos jornais, para satisfazer a necessidade de fofocas, do sublime povo inglês.
Aqui no Brasil país, tão internacionalmente desconsiderado, em termos de costumes, tivemos o presidente Bolsonaro, que arrastava multidões aonde ia. Casado com mulher bonita e elegante, filha entrando na adolescência, a nossa imprensa nunca teve essa ânsia atropelar familiares do presidente, ou pessoas famosas, o povo não iria comprar.
Na realidade, o povo inglês é que é, mesmo, um Zé povinho.
*https://dicionario.priberam.org/paparazzi
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