Cloroquina

Como-as pessoa se viravam na antiguidade, quando não havia curso regulamentado, aí incluindo medicina? Quando, ainda, não tinham criado esses trabalhos científicos impossíveis de serem lidos, pela quantidade de citações? Como saber o que funcionava, ou não? As pessoas ficavam perdidas, como cego em tiroteio, sem saber o que fazer? Quando precisavam tratar um doente davam qualquer coisa que estivesse à mão, ou nada? Faziam a pessoa andar de cabeça para baixo, ou batiam a cabeça na parede até rachar ? Ou ainda, ateava fogo em si próprio, ou comia terra?
Provavelmente nada disso. Sempre houve pessoas observadoras que vendo o que ocorria à sua volta conseguiam ter idéia de alguma coisa para melhorar a situação. Notavam que quem estava com a temperatura ardendo, sentia-se melhor com banhos no regato. Quem estava com dor, podia mastigar umas folhas daquele capim, que os próprios animais mastigavam, quando aparentavam estar mal. Ou que ele próprio mastigou quando a barriga doía e a dor atenuou. Ou infusão com as folhas de alguma árvore. Iam prestando atenção e pronto. Aliás, deve ter sido daí, que nasceu a medicina. Não tinham estatísticas, nem sabiam o que era isso, nada de grupo de controle. Era atenção e pronto. Pessoa acertada, mais atenta que a média.
Com a evolução das ciências, esse tipo de gente não desapareceu. Há médicos com capacidade de observar casos e encontrar correlação sem,  necessariamente, montar um trabalho científico, com todas as etapas. Ver que pessoas que tratavam uma doença endêmica, com cloroquina, por exemplo, não pegavam as epidemias de vírus que apareciam na localidade, ou pegavam de forma muito atenuada. Daí chegar a uma conclusão pessoal, que pode ser válida, principalmente quando não há tempo para estudo em profundidade, seguindo o passo a passo.


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