Máquina

Na matemática existem indeterminações. 0/0 é uma delas. Lembrando: Zero, dividido por qualquer número é zero. Se há nada para ser distribuído, todos ganharão nada. Zero !
Agora, qualquer número dividido por zero é infinito. Lembrando, também: Dividindo um número por quantidades cada vez menores, o resultado se aproxima do infinito. Se dividirmos uma linha de 1m, em pedaços de 50 cm, (0,5m), teremos dois pedaços. Se dividirmos por pedaços de 1 cm, (0,01m) teremos cem pedaços. Se dividirmos em pedacinhos de um décimo de milímetro, ou um décimo milésimo de metro, (0,0001m) teremos dez mil pedaços. Assim por diante. Quanto mais diminuirmos o divisor, mais o resultado aumenta. Quando diminuirmos tanto o divisor, que ele chegar a zero, o resultado da divisão será tão grande, que chegará ao infinito!
Voltemos ao 0/0. A resposta é zero ou infinito? Não podemos dizer. É uma indeterminação.
Há coisas, porém, que podemos dizer com certeza absoluta.
Pensemos na dízima periódica 0,666..., no sistema decimal . Ela tenderá para 2/3. Não importa o número de repetições depois da vírgula. Sejam duas, mil, um quatrilhão ou um infinitilhão. Ninguém pode ver o final da dízima, mas a resposta sempre será definidíssima. Dois terços. Porque é o resultado da divisão de dois por três.
Há na vida coisas indefinidas e coisas definidas. Não podemos prever o futuro, mas sabemos com certeza que máquinas por mais ultra-hiper-mega-sofisticadas que possam vir a ser, nunca serão criativas. Poderão até ter um desempenho que se assemelhe à criação, mais criar, jamais. Sempre existirá alguém que programou.
Mesmo que uma falha, vamos dizer, de energia, ou da aura, que a envolve, ou qualquer outro fator, abolir ou repetir trechos do algoritmo que estiver sendo processado, seja lá que nome ou forma, ou sequência, ou características tenha, ou venha a ser denominado; ou mesmo receba contaminação externa, essas modificações serão dentro dos termos do conjunto de regras em uso e poderão ser decifradas.
Resumindo, sempre haverá uma mente humana por trás da máquina, mais incrivelmente fantástica que possa existir, mesmo que ela sequer tenha existência física.

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