Terceira Ponte - Informação
Esta não é uma opinião.
Informações sobre a Terceira Ponte para engenheiros, para pessoas que tenham curiosidade a respeito e para quem se preocupou com a oscilação sentida ao atravessá-la a pé. Quem quer apenas esta informação, ela está destacada no final.
São informações sobre o processo construtivo, programas de manutenção e resposta sobre a dúvida original, obtidas junto à concessionária Rodosol.
Curiosidade:
Uma curiosidade preliminar sobre a ponte. Ela foi projetada em curva para de todos os pontos se ter vista do convento.
Estrutura:
Possui dois tipos de estrutura: Os vãos de saída e chegada em concreto e o vão central metálico.
Na parte em terra, a estrutura de concreto é constituída de pórticos e sobre eles vigas em sistema chamado de grelhas. 7 vigas em cada. Os pórticos são afastados 40 m um do outro e têm a largura da ponte. As vigas entre os pórticos têm 40m cada e são simplesmente apoiadas. (Esta informação é importante)
Sobre o mar o sistema usado foi o de balanços sucessivos. São formados por um sistema de anéis de concreto armado que são protendidos (para ficarem mais resistentes) e firmarem-se uns nos outros, formando um arco contínuo em distância de 85m. Cada anel tem 6m de comprimento pela largura da ponte, 18,30 m e altura de 6 metros sobre os pilares e de 2 metros no meio do vão formando um sistema de carga em arco.
A parte em estrutura metálica é constituída de dois vãos de 135m e o central com 260m. O sistema é o mesmo. Os pilares são de concreto e sobre eles apoiadas mísulas (blocos com saliências laterais que servem como reforço) metálicas, também de 6m de largura.
Em toda a parte sobre o mar é adotado o sistema de balanços sucessivos, seja na parte em concreto, seja na de aço. (Carga em balanço é aquela apoiada apenas em uma das extremidades).
Trem tipo utilizado 36 toneladas. (Para dimensionar uma ponte é estabelecido trem-tipo que é um carregamento que simula os veículos que irão passar por ela.)
A junção da parte de concreto com a parte metálica é feita com o uso de uma junta especialmente dimensionada para a Terceira Ponte, chamada junta lagarta.
Manutenção:
A manutenção programada de toda a ponte dura cinco anos, onde é inspecionada minuciosamente toda a sua extensão, retirando-se amostras que são submetidas a ensaios. Cada ponto examinado volta a sê-lo cinco anos depois.
Os cabos protendidos são avaliados conforme amostragem definida pelos calculistas da Terceira Ponte, a cada dois anos, por processo não destrutivo, MÉTODO RIMT - REFLECTIV IMPULSE MEASUREMENT TECHINIQUE, que á o envio de um pulso de frequência elétrica através do cabo sensor. Havendo descontinuidade de impedância, pode significar possível falha ao longo do cabo. Todos os testes de avaliação já realizados demonstraram a integridade dos cabos de protensão.
Oscilação:
Quando à oscilação, sentida por fluxo de pedestres, é devida ao tráfego na pista oposta. Os apoios das vigas são simples. Quando o veículo passa de um pórtico ao outro, ele imprime movimento à viga que é simplesmente apoiada. O mesmo pode ocorrer com um numero elevado de pessoas. Esse movimento é esperado. Se o apoio fosse rígido, o esforço transmitido por carga em deslocamento iria causar fissuras na estrutura e acabar por comprometê-la.
Engª Marília Custódio Santos (autora do blog)
Informações sobre a Terceira Ponte para engenheiros, para pessoas que tenham curiosidade a respeito e para quem se preocupou com a oscilação sentida ao atravessá-la a pé. Quem quer apenas esta informação, ela está destacada no final.
São informações sobre o processo construtivo, programas de manutenção e resposta sobre a dúvida original, obtidas junto à concessionária Rodosol.
Curiosidade:
Uma curiosidade preliminar sobre a ponte. Ela foi projetada em curva para de todos os pontos se ter vista do convento.
Estrutura:
Possui dois tipos de estrutura: Os vãos de saída e chegada em concreto e o vão central metálico.
Na parte em terra, a estrutura de concreto é constituída de pórticos e sobre eles vigas em sistema chamado de grelhas. 7 vigas em cada. Os pórticos são afastados 40 m um do outro e têm a largura da ponte. As vigas entre os pórticos têm 40m cada e são simplesmente apoiadas. (Esta informação é importante)
Sobre o mar o sistema usado foi o de balanços sucessivos. São formados por um sistema de anéis de concreto armado que são protendidos (para ficarem mais resistentes) e firmarem-se uns nos outros, formando um arco contínuo em distância de 85m. Cada anel tem 6m de comprimento pela largura da ponte, 18,30 m e altura de 6 metros sobre os pilares e de 2 metros no meio do vão formando um sistema de carga em arco.
A parte em estrutura metálica é constituída de dois vãos de 135m e o central com 260m. O sistema é o mesmo. Os pilares são de concreto e sobre eles apoiadas mísulas (blocos com saliências laterais que servem como reforço) metálicas, também de 6m de largura.
Em toda a parte sobre o mar é adotado o sistema de balanços sucessivos, seja na parte em concreto, seja na de aço. (Carga em balanço é aquela apoiada apenas em uma das extremidades).
Trem tipo utilizado 36 toneladas. (Para dimensionar uma ponte é estabelecido trem-tipo que é um carregamento que simula os veículos que irão passar por ela.)
A junção da parte de concreto com a parte metálica é feita com o uso de uma junta especialmente dimensionada para a Terceira Ponte, chamada junta lagarta.
Manutenção:
A manutenção programada de toda a ponte dura cinco anos, onde é inspecionada minuciosamente toda a sua extensão, retirando-se amostras que são submetidas a ensaios. Cada ponto examinado volta a sê-lo cinco anos depois.
Os cabos protendidos são avaliados conforme amostragem definida pelos calculistas da Terceira Ponte, a cada dois anos, por processo não destrutivo, MÉTODO RIMT - REFLECTIV IMPULSE MEASUREMENT TECHINIQUE, que á o envio de um pulso de frequência elétrica através do cabo sensor. Havendo descontinuidade de impedância, pode significar possível falha ao longo do cabo. Todos os testes de avaliação já realizados demonstraram a integridade dos cabos de protensão.
Oscilação:
Quando à oscilação, sentida por fluxo de pedestres, é devida ao tráfego na pista oposta. Os apoios das vigas são simples. Quando o veículo passa de um pórtico ao outro, ele imprime movimento à viga que é simplesmente apoiada. O mesmo pode ocorrer com um numero elevado de pessoas. Esse movimento é esperado. Se o apoio fosse rígido, o esforço transmitido por carga em deslocamento iria causar fissuras na estrutura e acabar por comprometê-la.
Engª Marília Custódio Santos (autora do blog)
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