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Mostrando postagens de julho, 2023

Livro proibido

Quando tinha 8 anos, segundo ano primário descobri na estante, lá de casa, um livro de álgebra. De ginásio. Minha mãe não sabia especificar a origem. Achava que era deixado pelo irmão mais novo e rebelde do meu pai, que passou um ano morando conosco, para ver se estudava. Adorei resolver os problemas de aritmética usando álgebra. Também ensinei algumas colegas que tiravam até 0, em Matemática, comigo elas aprenderam. Eu adorava ensinar, queria ser professora, quando crescesse. Logo, no colégio, adivinharam quem era a culpada. O caso foi parar com a irmã superiora, que foi à nossa casa recomendar a minha mãe, que não deveriam antecipar o ensino de álgebra. Seria prejudicial, para mim e para as que aprenderam comigo. A mãe disse que ninguém ensinou. “Ela achou um livro e aprendeu por conta própria.” A irmã retrucou: “Não deve deixar ela ficar adiantando matéria, tem que guardar esse livro, para quando ela estiver no ginásio. Minha mãe gostava de evitar problemas e resolveu de forma s

Vitória do mau caráter

Comunismo e mau caratismo andam de mãos dadas. Não há como separá-los. Num regime comunista só há duas hipóteses: Fugir do país, arriscando levar tiros pelas costas, apodrecer nas prisões, ou arriscar descer seu caráter às últimas profundezas. É, seguramente, a vitória do mau caráter. Competência não importa, a razão de todos os países comunistas terem dado errado. Sobra mesmo o mau caráter. Dedurar os colegas, intrigas, intrigas e intrigas. Puxar o tapete. É um bailado. Sabe que enquanto puxa o tapete do outro, alguém está puxando o seu. Minorias, não importam. Pegam uns dois, ou três indivíduos, para símbolo, andarem bem caracterizados, bem fantasiados, participarem de todos os eventos, hospedarem-se em hotéis de luxo, participarem de entrevistas e vomitarem os discursos decorados. Sempre os mesmos elementos, até que outro fantasiado venha puxar o tapete de um. Aí este vai para a rua da amargura, entrar na fila do pão, isso se não for para o fundo do cárcere. O pouco, que produzem

D. Virgínia

Meus irmãos e eu tivemos uma segunda mãe. D Virgínia. Pessoa boa estava ali, só falava o bem. Nós não tínhamos parentes, por perto, quando nosso pai, médico militar foi designado para Vila Velha. A família dele, originária de Cachoeiro do Itapemirim tinha se mudado para Campos, RJ e a da minha mãe, estava toda no RS. O marido dela, Sr, Adozino era civil que trabalhava, no Exército, como auxiliar no gabinete médico. Sei que ele aplicava injeções. Bem cedo, antes do expediente fazia um bico, tratando dos bichos da nossa casa. Viveiro de passarinhos, uma, ou outra ave diferente, papagaio falante, cachorro e como já disse aqui, no blog, um jacaré. Às vezes ele fazia alguns consertos. Quando minha mãe teve os filhos, ela ficava com os outros, em nossa casa, inclusive um último que ela perdeu. Ou quando ela adoecia de forma forte e quando meus pais foram ao RS, para cirurgia do meu avô, ela também ficou conosco. Levava a filha, Oscarina, um pouco mais velha que a Irene e que foi noss

Família multiparental

Família é igual a casa. Tem que ter a mesma solidez. Quem nasceu numa casa mal construída não tem que pegar esse modelo, como normal e achar que sua casa tem que sempre estar próxima do desmoronamento. Tem que idealizar para si, uma casa sólida. Realidade é uma coisa, ideal é outra. Escola tem que ensinar os ideais. Fazer com que a criança tenha um modelo sólido e estável para perseguir, como objetivo de vida. Não pode uma criança considerar desejado estar sempre sendo jogada para lá e para cá, como numa montanha russa. Tem que sonhar com estabilidade. Não podemos ficar presos ao padrão Hollywood de qualidade familiar, aqui no Brasil o padrão Globo. Família com infinitos pais e irmãos. Se ocorre, tem que ser aceito. Aceito, no sentido tolerado, não modelo a imitar. Os autores de material didático se pegam nesse padrão Globo/ Hollywood e passam para as crianças como o normal. Tem ate nome sonoro: Família multiparental. Será que aquela criança de família singular não irá se sentir dim

Facada, erro deles

A facada foi um erro nosso, assumiu José Dirceu em live. Indiscutivelmente foi. Pode ser que ele estivesse assumindo “de brincadeirinha”, ou estava dizendo, mesmo, a verdade. Não assisti o vídeo até o fim, não sei se ele desassumiu depois. Tem tudo a ver com ele e a sua esquerda. Vendo que o opositor estava com chance de ganhar, cortar o “mal” pela raiz. Agora, indiscutivelmente, o mais importante de tudo é que a facada é de total responsabilidade da esquerda brasileira. Dos partidos que são cria e suporte do PT. O Adelio Bispo foi durante sete anos membro do PSOl, ouvindo o discurso de ódio, padrão da esquerda, do tipo “matem esses fascistas”. Explicitamente usando a palavra “matem”. Fascista, para a esquerda é quem está do outro lado, seja quem for. Aliás, facista é governo como o atual, que nega direitos fundamentais e considera necessária a intervenção do Estado, em tudo. Todos sabem que quem tem voz, tem também responsabilidade. Há longo tempo sabe-se que apresentadores de T