Araceli
A menina Araceli, assassinada em 1973, está sendo sempre lembrada como símbolo de violência contra criança. Muito justo. O que em geral falta nas narrativas, é que ela foi vitima, também e principalmente, da própria mãe, Lola Crespo, boliviana ligada ao narcotráfico.
Em 1973, com o momento feérico da economia, trabalho para mulher, mesmo sem qualificações, não faltava. Poderia trabalhar nas construtoras, em limpeza de obras, poderia ser gari, alem dos trabalhos domésticos, ou autônomos, como fazer salgadinhos para vender na praia. Se tivesse habilidade, confeitar bolos, costurar, ou até ter um restaurante. A economia estava bombando. Preferiu, no entanto, ser traficante, desencaminhando jovens, desde a mais tenra adolescência. Os envolvidos pelas investigações do assassinato da menina, eram jovens recém aterrissados na maioridade, que ela, Lola, deve ter desvirtuado com suas drogas, desde que eram menores.
O pior é que envolvia também a filha. Meninas de nove anos era comum cuidarem de irmãozinhos, não mandadas a atividades criminosas. A própria mãe poderia fazer as entregas. As mulheres adultas, de então, eram muito conscientes das coisas da vida. Sabia muito bem o que fazia, quando mandava a filha entregar drogas à rapaziada.
Teve a favor de si a mídia, já totalmente esquerdizada, por ter perdido sinecuras com o Regime Militar, que adorou bater em famílias, que tinham prestígio social.
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Em 1973, com o momento feérico da economia, trabalho para mulher, mesmo sem qualificações, não faltava. Poderia trabalhar nas construtoras, em limpeza de obras, poderia ser gari, alem dos trabalhos domésticos, ou autônomos, como fazer salgadinhos para vender na praia. Se tivesse habilidade, confeitar bolos, costurar, ou até ter um restaurante. A economia estava bombando. Preferiu, no entanto, ser traficante, desencaminhando jovens, desde a mais tenra adolescência. Os envolvidos pelas investigações do assassinato da menina, eram jovens recém aterrissados na maioridade, que ela, Lola, deve ter desvirtuado com suas drogas, desde que eram menores.
O pior é que envolvia também a filha. Meninas de nove anos era comum cuidarem de irmãozinhos, não mandadas a atividades criminosas. A própria mãe poderia fazer as entregas. As mulheres adultas, de então, eram muito conscientes das coisas da vida. Sabia muito bem o que fazia, quando mandava a filha entregar drogas à rapaziada.
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