Herzog

Palavra de um contra palavra de outro. Acreditar em quem?
Herzog, um comunista do leste europeu que veio se meter em política em nosso país, merecia ter sido devolvido em pedaços. Querendo aplicar aqui modelo de sociedade fajuta, fadada ao fracasso!
Todos acham que sabem a versão oficial. A versão oficial não é a de direito. Dos órgãos públicos encarregados de sua prisão e custódia. É a versão da imprensa, das universidades e dos companheiros, que não estiveram presentes ao ato. De que ele teria sido assassinado em sessão de tortura.
Herzog era para ter sido preso na véspera, em casa. Com o testemunho da esposa, negociou e se entregou pessoalmente no dia seguinte.
Se entrou andando por conta própria no Doi-Codi, podendo haver várias testemunhas disso, até gente com QI menor que 50 sabe que ele teria que sair andando. Ser assegurado que várias pessoas não vinculadas, ao órgão de informação, tivessem testemunhado a sua saída. Até bate pau de traficante sabe que vitima, que chega a seu endereço andando, tem que sair andando. Não é necessário estudo militar para saber isso, basta ter lido livrinho de bolso. Pega-se depois para completar o serviço.
Se realmente tivessem se excedido e o preso morresse seria fácil, na madrugada, sumirem com o corpo e depois alegar que ele terminou de fazer o depoimento e saiu tão sozinho quanto entrou. Nem todos acreditariam, mas não teriam um cadáver na mão.
*Depressivo, com histórico de terapia na Inglaterra, ao que consta confessou as suas atividades subversivas e revelou identidades de companheiros. Arrependimento posterior, explicaria o suicídio.

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