Tratamento psiquiátrico

Qualquer pessoa, mesmo que seja um ministro do Supremo, um grande empresário, um grande cientista, se precisar fazer um tratamento psiquiátrico, é porque em alguma parte, de sua essência, está vulnerável. Mesmo que, em tudo o mais, seja a pessoa mais idônea do mundo, capaz das decisões mais adequadas e brilhantes. Se essa pessoa precisa um tratamento psiquiátrico, que inclua medicação deveria, neste sentido e provavelmente apenas neste, ser tutelada.
Por algum princípio, os psiquiatras mantém sigilo, entre eles e o paciente adulto. Só abrem para terceiros, mesmo um familiar, se tiver o consentimento do paciente, que por razões pessoais, às mais das vezes é refratário a partilhar o que ocorre, ou à forma em que é abordado o tratamento, que inclui os chamados “remédios controlados “.
Ao contrário do protocolo, ao iniciar um tratamento, o paciente deveria ser obrigado a indicar uma pessoa para tutela, seja um dos pais, companheiro, irmão , filho, no caso de paciente idoso, ou outra pessoa que indique. A essa pessoa seria explicado o objetivo esperado do medicamento, os efeitos colaterais e possível dano ao organismo.
Evitaria ousadia médica, desnecessária e permitiria ficar com atenção redobrada, em caso de teste de medicamento desconhecido. Lembremos que o indivíduo, para essa finalidade, está como um vulnerável. Teria que ser, como os pais, que decidem, por um filho menor. O paciente poderia até propor a substituição do tutor, se tiver argumentos sólidos.
Um responsável evitaria que o paciente induza o profissional a receitar em exagero, ou que tome dose maior do medicamento. Ainda há o caso do paciente fazer uso simultâneo de medicamentos variados, para dor, cólicas, náuseas , além de bebidas alcoólicas. Deveria ser assim: Sem tutor, sem medicamento controlado.
Aliás, um paciente psiquiátrico deveria, com os medicamentos, ficar como as demais pessoas são ao natural. Não é o que se vê, na prática, pessoas escravas de medicamentos, as mais das vezes sem ganho algum.

 

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