Trabalho feminino
Quando jovem estive várias vezes em Campos RJ , via os grandes canaviais
e soube uma curiosidade. Pagavam o metro cúbico da
mulher, que trabalhava no corte, menos do que o do homem. Isso me foi contado por um tio, que era
gente dali.
Estranhei. Era prática aceita pagarem o dia de trabalho
da mulher, em valor menor. A mulher realmente produzia menos, porque era
quem fazia e servia a comida da família, que ia toda para o corte, ou
qualquer outra tarefa rural. Mas o metro cúbico?
O tio explicou: Na
época do corte precisavam de toda a mão de obra disponível, se cachorro
cortasse cana, estava contratado. Para as mulheres era a chance de
ganhar um dinheirinho. É com esse dinheiro, que vestiam e calçavam a
família.
Na época tinha começado a industrialização do Espírito
Santo. As construtoras catavam pessoal, fora do Estado e iam desfalcar
os cortadores de cana. Mandavam os caminhões, que voltavam cheios de
gente. A colheita do café, em Minas, pegava também. Para não perderem a
mão de obra, tinham que pagar mais.
Já a mulher tinha que trabalhar
nas redondezas, por causa da família, não podia ir embora, no caminhão.
Aceitava o que ofereciam, ali mesmo.
Felizmente, essa antiga prática foi proibida.
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