Engenheira
Lendo matéria enaltecendo trabalhadores de trecho, entre os quais engenheiros, pensei: Interessante: Durante muito tempo sentia-me diminuída, profissionalmente, porque não trabalhava diretamente com obras. Fazia projetos, orçamentos e principalmente atendia às exigências do Ministério do Interior, para conseguir recursos, para as obras da Prefeitura de Vitoria.
Eram muitas exigências. Rapidinho aprendi. Arrumava a pasta de projeto na sequência exata, que vinha no caderno de orientação e as plantas e textos tinham a denominação exata, solicitada.
Se o item 12, da orientação, fosse delimitação da bacia hidrográfica, o item 12 da pasta, que fazia, era "Delimitação da bacia hidrográfica". Com este título exato. Se o título original da planta fosse levantamento planialtimétrico de Vitória, fazia o desenhista sobrepor ali, na cópia que estava utilizando, um "Delimitação da bacia hidrográfica".
Isso em tempo sem Autocad. Com Autocad a gente começa, escolhendo escalas, com e sem curvas, densidade de curvas e pode mudar títulos. Eu tinha que usar de muita criatividade e negociação. Lembro que pediam plantas de delimitação de bacias em escala 1:50 000. Tínhamos 1:10 000. Liguei para o Ministério e perguntei porque essa escala. Para não precisarmos emendar as cópias, para analisar. Retruquei: Vitoria na 1:10000 cabe em uma prancheta comum. Então serve, disseram. O bom é que naquela época falávamos diretamente com o setor de Engenharia, não com um "call center".
Acho que ainda sei onde vai parar cada gota de água caída em Vitória. Para conseguir ir com a bacia, até o alto dos morros precisava conseguir planta na CESAN, ou no DNOS. O pior, naquela época, levantamento altímetrico total, de Vitoria, era segurança nacional. Para conseguir em órgãos federais, ou estaduais tinha que haver pedido do Prefeito. Eu minutava os ofícios solicitando, explicando as razões.
Só muito tempo depois dei-me conta, da importância do serviço, que fazia. Trouxe dinheiro para muitas obras. Quando o dinheiro chegava, o Prefeito ia cumprimentar todo o pessoal, turmas de Topografia, desenhistas e a mim, que recebia beijinho no rosto. Ficava super feliz, não levava para o lado do assédio.
Eram muitas exigências. Rapidinho aprendi. Arrumava a pasta de projeto na sequência exata, que vinha no caderno de orientação e as plantas e textos tinham a denominação exata, solicitada.
Se o item 12, da orientação, fosse delimitação da bacia hidrográfica, o item 12 da pasta, que fazia, era "Delimitação da bacia hidrográfica". Com este título exato. Se o título original da planta fosse levantamento planialtimétrico de Vitória, fazia o desenhista sobrepor ali, na cópia que estava utilizando, um "Delimitação da bacia hidrográfica".
Isso em tempo sem Autocad. Com Autocad a gente começa, escolhendo escalas, com e sem curvas, densidade de curvas e pode mudar títulos. Eu tinha que usar de muita criatividade e negociação. Lembro que pediam plantas de delimitação de bacias em escala 1:50 000. Tínhamos 1:10 000. Liguei para o Ministério e perguntei porque essa escala. Para não precisarmos emendar as cópias, para analisar. Retruquei: Vitoria na 1:10000 cabe em uma prancheta comum. Então serve, disseram. O bom é que naquela época falávamos diretamente com o setor de Engenharia, não com um "call center".
Acho que ainda sei onde vai parar cada gota de água caída em Vitória. Para conseguir ir com a bacia, até o alto dos morros precisava conseguir planta na CESAN, ou no DNOS. O pior, naquela época, levantamento altímetrico total, de Vitoria, era segurança nacional. Para conseguir em órgãos federais, ou estaduais tinha que haver pedido do Prefeito. Eu minutava os ofícios solicitando, explicando as razões.
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Me lembro muito bem do seu trabalho , tempo das coisas difíceis , porém para nós está palavra não existia. O fato de vc não tomar conta das obras cujos projetos muitas vezes fazia , realmente foi uma pena , agora me sinto um pouco culpado , por isto . Mas vc sempre foi muito importante para mim !
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