Pesquisa Booleana

No início da internet, em buscadores como o Lycos, ou o Altavista, tínhamos que fazer uso de operadores boleanos, como e, ou e e não, (*), além dos mais avançados, para conseguir chegar a um resultado satisfatório. Com boa escolha dos operadores, conseguíamos o que estávamos buscando, entre os dez primeiros resultados.
Depois veio o Google, reinando magníficamente. Todos os buscadores tiveram que se adaptar ao seu estilo, para sobreviver. Era muito bom. Parecia até que pensava. Funcionava com uns noventa e nove por cento, do que seria um cérebro humano. Ainda corrigia eventuais erros ortográficos, ou troca de letra.
Nos últimos anos, porém, veio o Google metido a politicamente correto, metido a dar lições de moral.
No inicio os buscadores mostravam sites, com maior quantidade de um conjunto de palavras digitadas. Agora, além do até justificado interesse comercial,  aparentemente ignoram palavras, ou conjuntos de palavras, que liguem a situações, que possam considerar comprometedoras.
Mesmo que sejam incluidos termos bem direcionados, o Google dificilmente mostra dados negativos sobre mulheres, em confronto com homens, dados negativos sobre população LGBT, ou com envolvimentos raciais, inclusive em pesquisa avançada.
O resultado da pesquisa deveria ser de exclusiva responsabilidade do usuário, não do buscador. Quando pesquisamos, não precisamos de conselho moral, somos responsáveis pelo que vamos fazer com os dados. Se alguém usa uma biblioteca para consultar sobre explosivos, a biblioteca não é responsável, se o usuário faz uma bomba e explode . A culpa é do próprio.
Atualmente, para conseguirmos um resultado próximo do que pesquisamos, temos que nos munir de paciência e tentar pesquisa booleana por exclusão. Ir retirando palavras, dos tais posts politicamente corretos, além de cercar conjuntos de palavras, na tentativa de conseguir sites, que mostrem alguma coisa do que queremos, nem sempre com sucesso.

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