Surra

Pelo que se ouviu na TV, o menino de 12 anos que matou a amiguinha autista de nove, já tinha cometido vários atos infracionais antes, atingindo, inclusive a professora. Quem sabe se, lá atrás, tivesse levado umas chineladas, ou surra para valer, hoje não teria cometido este crime, tão hediondo?
Depois de se dizer vários nãos, não há forma de explicar a uma criança, de 1 ano, que arrancar o protetor e enfiar o dedinho na tomada, é perigoso. Que se o local estiver molhado, pode ser fatal. O jeito é um tapa forte na mãozinha, enquanto se diz um não bem sonoro.
Quando foi feita a lei da palmada, não se viu estudos que envolvessem entrevistas com pessoas de bem, que apanharam quando crianças. As entrevistas eram sempre feitas em unidades correcionais, sejam de menores, ou de adultos.
Estes, em geral, tiveram pais, avós ou padrastos bêbados, que espancavam sem motivo algum. Pai que ouviu desaforo no trabalho, mãe que achava que o marido estava traindo, por aí. Descontavam, a troco de nada, nas crianças pequenas, porque os maiores já tinham corrido. Estas famílias, realmente, poderiam estar criando monstros.
Agora, existiram crianças cujos pais ensinaram, de forma mais ou menos cordial, que desrespeitar os pais, roubar, bater no irmão menor, maltratar animais, fugir de casa ou fazer travessuras perigosas eram coisas erradas. A criança, insistindo, levou um castigo corporal proporcional à infração. Quantos, deste grupo, enveredaram pela criminalidade? Onde estão os estudos?

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