Silêncio

Nos anos 1980, já na vigência do DDD, quando queríamos saber algo de um processo, ou compra, até em outro Estado, obtínhamos o telefone usando o auxilio à lista. Através de uma central , em poucos minutos estávamos falando com alguém, que poderia dar alguma informação, fosse repartição pública, comércio ou prestador de serviço. Já no início dos anos 2000 eram os websites, com emails e telefones para contato, aí já indo direto para o ramal.
Agora é a hora do silêncio. Por algum motivo, talvez preguiça, funcionários fogem de comunicação. Simplesmente cortam ou dificultam de toda forma. Quando há um telefone, que não é desativado ficamos dezenas de minutos ouvindo gravações e muitas vezes não há a opção falar com um atendente.
A Receita Federal, que no passado fornecia informações por telefone, agora dispõe na Internet respostas a duvidas gerais. Fora disso temos que agendar em link, difícil de encontrar.
O DETRAN não oferece contato telefônico SMS ou email para o cidadão procurar saber porque sua carteira de habilitação renovada ainda não chegou. No site não há a informação.
Esse esvaziamento de contato, vai na contramão dos tempos. Com a crescente automatização e o decorrente desemprego, sobra mão de obra e voz para atendimento imediato, abrangente e personalizado. É só as instituições mudarem a mentalidade. Em vez de grande quantidade de datilógrafos ou digitadores, como no passado, grande quantidade de atendentes. Custos? Os salários atuais não andam tão altos assim.
Estamos tão incomunicáveis quanto há mais de cinqüenta anos. Pior ainda. Naquela época, se escrevêssemos uma carta, com certeza teríamos resposta um mês depois. Hoje, nem isso.

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