Opinião da Marília

Quando o mal está voltado para a gente, não vem, ou muito raramente vem do lado que tememos. Tenho este princípio. Do contrário a vida vira um inferno. Quando minha filha fez intercâmbio nos Estados Unidos encontrei uma conhecida que via na pracinha, quando levávamos os bebês para tomar sol e contei-lhe o fato. Ela reagiu: Você deixou sua doida! Eu não deixo a Fulana ir de jeito nenhum. Não deixo ela sair de perto de mim, nunca! Tinha havido um daqueles tiroteios em escola. Realmente aquilo me preocupou muito, mas não impediria minha filha de viver a própria vida, por temores de minha parte. Retruquei: de repente não deixo ir e ela pode ser vitima de uma bala perdida, aqui mesmo. Ela voltou: eu não deixo a Fulana ficar longe de mim. Não deixo nem ir passar um final de semana com os tios. Alguns poucos anos depois, soube que a menina estava com um diagnóstico de melanoma, tumor maligno. Não soube mais nada, aliás, nem procurei saber, era muito duro de lidar.   Quem usa o navegad...

Saudade da Lava-a-Jato. Extinguiu-se com ela o futuro do Brasil. As delações premiadas, as gravações telefônicas, as filmadoras minúsculas, que no passado só existiam em filmes de James Bond, fariam com que todos tivessem medo de cair numa dessas, o que frearia a corrupção. Grampear telefones, também no passado, era grampo mesmo. Um agente disfarçado de operário da telefônica, subido em um poste na frente do imóvel. Colocavam outros na mesma rua, para disfarçar. Hoje podem grampear, do outro lado do mundo. Mas tudo isso foi posto fora. Os presos liberados, o dinheiro devolvido e tudo voltou à estaca zero, ou pior. Quem decide é força maior. Abaixo de Deus, mas incontestavelmente acima de todos nós. Querem equilibrar o mundo, capitalismo para lá e comunismo para cá. E quando digo para cá é para cá mesmo, para a América do Sul e principalmente o Brasil, com seus oito e meio milhões de quilômetros quadrados e duzentos e tantos milhões de almas. O dia em que essa força decidir de outr...

Deus, ou a natureza, para o que preferem, acredito que tenha feito tudo para durar. Para um objetivo maior. Ao contrário, pode ser que não, que tenha feito tudo para acabar logo. Bem aí perderia o sentido. Entre os animais passou a vigorar a intitulada lei do mais forte, visando a sobrevivência da espécie e nisso, podemos incluir os humanos. Ainda bem que entre os humanos e alguns animais, também, tenha surgido o cuidado social. É comovedor ver um pingüim salvando um pinguinzinho desgarrado, que nem filho seu é. Voltando ao tema, humanos e animais ocuparam terras para sua sobrevivência. Ocuparam à medida de suas vontades, não há manuais de instruções. Quando dizemos que tal terra é dos índios, dos autodenominados nativos seria certo mesmo? Não seria dos animais que ali chegaram anteriormente. Ou de outros seres que chegaram antes, ainda? Essa divisão do mundo, de que os europeus deveriam se confinar àquelas terrinhas geladas , lá no nordeste, africanos no sul, Indígenas nas Américas e ...

 Cedo notei que o tapete do meu carro estava com muita areia, parei em local apropriado, joguei fora e simplesmente retornei o tapete, sem muita atenção. Mais tarde, vi que estava sobre o pedal do acelerador. Quando parei no sinal, me abaixei para ajeitar, sem o cuidado de passar a marcha para a posição neutra. Tive que levantar o pé do freio para soltar o dito tapete. O carro avançou um palmo e encostou no carro da frente. Logo desceu um casal, já previ encrenca, forneci meu telefone para se tivesse arranhado o para-choque deles. Eles estavam eram preocupados comigo. Queriam saber se eu estava passando mal, se tive tonteiras, se estava em condição de dirigir. Que eu mudasse de posição, que um deles estacionaria para mim, se poderiam chamar alguém da minha família, que era para eu respirar fundo e um monte de coisas mais. Eu, super normal, isso se já fui normal alguma vez na vida. Minha pressão arterial não estaria nem meio centésimo de milímetro maior, ou menor. Agradeci muit...